sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Valeu 2016!

Olá amigos do Facebook e ouvintes da Rádio, tudo bem?
Estamos chegando ao final de 2016... E eu tenho muito a te agradecer por este ano que foi incrível, cheio de textos, gravações, fofocas, comentários divertidos, informações, noticias e muita superação. Fazendo pessoas se encontrarem, lerem, relerem, escreverem, rescreverem, sonharem, criarem... E isso é maravilhoso. Que 2017 seja melhor! E que venha sem pressa e surpresa que possamos continuamos em sintonia. Gratidão e tudo de bom pra todos!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Natal

Nos últimos dois anos, Eu rompi com a tradição de meditação de fim-de-ano, um verdadeiro fiasco, pois a vida segui seus fluxos...
Não sei quando me traumatizei com a festa familiar, esquecendo do sublime significado da Ceia mais farta do ano...
O que sei é que a última semana do ano é tempo de Concórdia: fazer novos planos; rever o planejamento anual (como se a vida pudesse ser analisada em gráfico); contabilizar os ganhos (não conto as perdas); pedir bênçãos; renovar as esperanças no futuro (sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato)...
Quando se é criança, o Natal é mais divertido ou devia ser...
Sempre devorei a comida rápido como as ideias, os textos, o trabalho... Minha natureza é elétrica e proativa. As pessoas não gostam e eu aprendi a dissimular.
 Na verdade aprendi a fingir que vejo e as pessoas, por sua vez, fingem que não veem mesmo...
O Natal é um bom tempo de esquecemos o que incomoda, comer bem e, principalmente, renovar a fé na vida.
Boas Festas!

Jorge Barboza
Colunista Social. Escritor. Revisor.



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Poema de Natal - Jorge de Lima

Oh, meu Jesus .Quando você ficar assim, maiorzinho, venha pra darmos um passeio que eu também gosto de crianças.

Iremos ver as feras mansas que há no jardim zoológico. E, em qualquer dia feriado, iremos então, por exemplo, ver Cristo rei do corcovado. E quando passar vendo o menino, há de dizer: ali vai o filho de Nossa Senhora da Conceição.
Aquele menino que vai ali (Diversos homens logo dirão) sabe mais coisas que todos nós.
- Bom dia, Jesus (Dirá uma voz, e outras vozes cochicharão). É o belo menino que está no livro da minha primeira comunhão.
- Como está forte!
- Nada mudou.
- Que boa saúde, que boas cores. (Dirão adiante outros senhores). Mas outra gente de aspecto vário há de dizer ao ver você:
- É o menino do carpinteiro.
E vendo esses modos de operário que sai aos domingos para passear, nos convidarão para irmos juntos os camaradas visitar. E quando voltarmos pra casa, à noite, e forem para o vício os pecadores, eles sem dúvida me convidarão. Eu hei de inventar pretextos sutis para você me deixar sozinho ir.  Ah, menino Jesus, miserere nobis, segure com força a minha mão.



LIMA, Jorge de. Poemas Completos. Vol. I. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1974.


sábado, 10 de dezembro de 2016

Nana

Não sei por que parei de escrever cartas, na verdade, os e-mails são cartas... Não, na verdade, os meus e-mails são grandes bilhetes. Tenho dificuldade em escrever longos bilhetes pelo Whatsapp e não gosto de gravar mensagens de voz também pelo aplicativo...
Depois de muitas cartas, alguns anos fora de São Paulo, minha grande amiga Nana voltou pra perto.
O Sul do país tinha seus ares frescos, seus rigores, receitas novas, aromas novos, gostos extraordinários, o tempo e o vento, mas não aplacava as saudades...
Sempre que penso no sul brasileiro lembro-me de Erico Verissimo, Anita Garibaldi e Giuseppe Garibaldi. Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilhas? Nana lia muito jornal, revistas e livros por lá. Nana lia as fotos, as molduras, as pinturas, as árvores, as violetas na janela, os temperos: pimenta rosa, pimenta de cheiro, pimenta malagueta, cúrcuma, tabasco, noz moscada, gengibre, mostarda, sal marinho, sal do Himalaia, manjericão, hortelã, cominho, alecrim, páprica doce...
As meninas sempre se alternavam com Nana na cozinha, alternavam pois eram pequenas e cuidados domésticos eram da mamãe Nana, pois não há em sua vida meninos perdidos, nem Sininho (agora Tinker Bell), nem Wendy, nem João, nem Michael, nem Smee, nem James, nem Peter...
Nana sempre teve gosto pela cozinha, entre os apuros pela casa. O tempo, depois de duas gravidezes, tiraram seus cachos substituindo-os por ondas leves, seu corpo escultural juvenil tornou-se charmoso e forte, uma mulher desenvolveu-se para reinar e guerrear, quando necessário por suas ideias... Nunca vi as tantas sardas dela, Nana não tinha tempo para ferrugem de qualquer natureza...
Para corrigir meus textos tomamos juntos chimarrão passando a cuia, assistimos ainda bons filmes e, às vezes, experimentamos novas receitas e velhas conversas, clássicos da literatura...


Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Black Friday




O Black Friday já se tornou uma tradição no Brasil e o Clube de Autores com Jorge Barboza não poderiam ficar de fora, né? Pois de 21/11 até 28/11 todos os livros impressos do Clube serão vendidos com até 40% de desconto!

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domingo, 20 de novembro de 2016

Regiane

Hoje eu acordei com fome e lembrei de uma das minhas melhores amigas da vida:  Regiane.
Ela apareceu em minha vida como uma Pocahontas com “as cores do vento” e acabou se tornando uma Mulan: “a flor que desabrocha na adversidade é mais rara e bela de todas”.
Muitas vezes precisamos ter uma vida dupla, uma renda dupla, um trabalho duplo e, por isso, enquanto estudava na escola normal e fazia curso no SENAI, fazia uns bicos de garçom e animador em festas infantis. Era um tempo em que não existiam escolas de teatro ou de artes para desprovidos de berço de ouro ou pequenas fortunas.
Na nossa juventude, Regiane sempre pareceu obtusa e eu era muito elétrico. Ela era uma grande maquiadora na leveza de pincéis, na pintura com seu domínio preciso ninja, uma cultura japonesa adquirida em Aichi, Gifu, Gunma, Ibaraki, Mie, Nagano, Kanagawa, Saitama, Shiga ou Shizuoka.
Em 1998, dançamos “Macarena” depois do show da virada.
Ela sempre conduziu muito bem as coisas como seu carro: um chevette preto que era pra mim um mustangue bravio e selvagem...
Nunca comemos comida japonesa juntos, mas assistimos muitos desenhos japoneses, ela não come carne vermelha, mas sempre fizemos boas refeições e assistimos bons filmes independente do sol, da chuva, do vento...
Passamos por muitas mudanças de moeda e de economia entre pizzas, esfihas, churrascos, jogos, séries, filmes, arroz temperados, macarrão, comidas da Dona Alzira, sua mãe...
Um bom sinônimo pra Regiane é Hinode: o primeiro raio de sol do primeiro dia do ano. Renovação. Renascimento. Suzaku. Fênix...
Nossa amizade é um grande piquenique cheio de doces, salgados, quentinhos, frescos, saudáveis, essenciais, novos amigos, velhos conhecidos, familiares, formigas... Tudo é uma boa desculpa pra altos papos e comidas maravilhosas...
Regiane nunca deixou a arte e a arte, por sua vez, nunca deixou a Re, assim como eu...




Jorge Barboza


Colunista Social. Escritor. Revisor.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Os Paranormais e suas Filosofias



Não perca, hoje quinta-feira às 23hs30, o primeiro episódio de quatro de 
"Os Paranormais e suas Filosofias" com nosso amigo Elias Luiz Bispo IV, Luciá Küma e Val Silva
com apresentação de Markko Mendes.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Morada Final

Não lembro onde e nem como foi o velório de minha vó Lourdes. Não fui no velório de minha vó Isabel. Não gosto de ver entes queridos no caixão, vê-los assim pela última vez é ter uma lembrança incomoda que aos pouco torna esmorecidos, devagar e pra sempre dentro de mim...
Já era tarde quando o jornalismo anunciou que houve uma explosão no cemitério da saudade: Imensa nuvem de poeira substituiu a paz da morada final, não houve feridos...
Desliguei a televisão e na minha mente surgiu um devaneio, um cheiro doce, acho que foi um cálice de vinho verde que embriagou minha boca, minha cabeça, meu sangue, minha alma...
No meu devaneio, Dona Morte sempre estava ao meu lado esquerdo, traje preto longo, foice escura, pálida, estava indignada com tamanho sacrilégio, seu queixo caiu imensamente e seus olhos não paravam em suas orbitas, lágrimas corriam como rios para o mar e sua boca secou como nozes.
Ela apanhou na mesa de centro da sala o primeiro copo que viu e virou de uma só vez, não respirou, não respirava, pensava em levantar, fugir, correr, gritar... Finalmente virou-se para mim e disse sem fechar os olhos:
- Antigamente eu passeava no cemitério ricamente adornado de ouro e pedras preciosas, esculturas de deuses, flores, pássaros e plantas enfeitavam tudo na morada final. O vale dos enterrados era um lugar sagrado. Lia pensamentos carinhosos dos vivos, apelos aos santos, ouvia o vento ou um silêncio que não era mórbido. Meus pensamentos mais sublimes ou convexos podiam ser tocados como uvas em baixa parreira com dedos inaptos. Que desgraça se abalou em mim? Que desgraça terei que sofrer no meu castelo de cartas marcadas? Porque explodiram os vasos, as esculturas, as plantas, os túmulos, os ossos... O que será de meus filhos?
A Morte olhou para mim entre soluços e caiu pra trás na poltrona, queria tirar forças do chão e do teto branco, olhava agora o teto de gesso branco, vacilava em si, eu senti imensa pena de vê-la assim. A vida não para...
De repente o cheiro doce sumiu, partiu, Dona Morte foi pra longe ou pra perto, precisava de um calmante, uma terapia e remontar e começar de novo. Eu tive a certeza depois que das cinzas nasceu uma pequena fênix no cemitério, tudo principiou com velas no lugar dos escombros, depois, o cemitério da saudade queimado ganhou novas pedras e paus, um novo labirinto de pedras riscadas, certa magoa que custava a passar de geração a geração...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Orfeu

Há dez anos, o rei Orfeu vivia sonhando com sua esposa morta. E todos os dias, ele cantava seu mais triste lamento que nada curava e tudo fazia sofrer.
Certa noite, de lua nova, uma noite muito escura, surgiu um mágico dizendo que podia fazer o que o rei queria: trazer sua bela esposa de volta. Mas havia um apanágio: Orfeu nunca poderia ver a esposa durante o dia nem toca-la em hipótese nenhuma.
E assim, pôr-do-sol após pôr-do-sol, o rei perdia seu jantar e ficava até os primeiros raios solares conversando com sua amada Eurídice. Ele sentado no seu trono com suas harpas. Ela atrás de uma tela esticada em dois pilares e na frente de intensa luz.
Um dia, Orfeu desesperadamente deixa a promessa e rasga a tela com as próprias mãos, tentou inutilmente abraçar a esposa, a sombra da esposa fugiu para perto e para longe. Atrás do dourado archote, o mágico revelou que era o deus Hades. Sem alternativa o archote apagou-se para que seu mestre desaparecesse sem deixar rastros.
Uns contam que o rei, morreu, adoecendo de tanto desgosto. Outros dizem que ele pegou o archote dourado e assim encantou-se com ele. Logo voltou a cantar o amor e aprendeu usa-lo com uma pequena silhueta de papel atrás de uma nova tela, o trabalho era tão perfeito que ele ensinou a todos aquela arte de sombras na frente do archote dourado, presente de Hades.

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Príncipe Chorão

Pela primeira vez em sua tenra vida, Vossa Principesa não lamentou, não reclamou, não negociou e, somente, chorou, chorou, chorou...
Seu pai havia o alertado que não cumprir as regras dos mais simples e mais modestos jogos poderia causar um dia, demasiadamente, perdas irreversíveis...
Seu ultimo desafio foi feito com outros príncipes que não eram chorões. O jogo tratava-se de plantar uma estranha semente em um vaso de terra e, depois, de trinta dias da semeadura estranha, levar o vaso para os príncipes e o Grande Rei que prometeu dar sua filha, a mais bela de todas as princesas do mundo, pelo cumprimento do desafio.
Não podemos dizer que o Príncipe Chorão não foi criativo. Ele escolheu em seu reino uma planta exótica, nativa, nada comercial, nada popular nem comum e plantou no lugar da estranha semente.
Muitos como ele retornaram ao Grande Rei com plantas exóticas, flores cheirosas, plantas carnívoras, vegetais cantores, pequenas árvores, grandes raízes... Enfim, não entenderam que a semente era um pequeno casulo de argila e dentro dele estava uma joia: um diamante que não dava um botão de rosa, mas revelava os valores estimados pelo Grande Rei, a prudência, a humildade e a honestidade de seu cuidador...
Acho que não ficou bom, vamos começar este conto de fadas novamente...
Era uma vez um Príncipe Chorão que de tão mimado tornou-se por demais egoísta e vaidoso, por tudo e por nada chorava, chorava, chorava. Assim convencia os pais, os súditos, os vassalos, os soldados, enfim, a todos e a ninguém...
Em um determinado dia não cumpriu o maior desafio de sua vida: plantar uma estranha semente.
Só soube disso porque encontrou outros adversários que usaram da mesma artimanha: plantar qualquer coisa no lugar da estranha semente no vaso e levar para o Grande Rei.
Nesse dia parou de reclamar, lamentar e negociar com tudo e com todos, pois o Grande Rei não gritou, não esbravejou , não exultou, não xingou, mas revelou a verdade quebrando a semente estranha. A semente era de barro, argila pra ser mais exato, dentro dela havia um brilhante joia, um joia que representa o que ele mais deseja pra continuar sua linhagem e seu Grande Reino: Persistência, Resistência e Integridade.
Depois disso o Príncipe Chorão voltou para seu reino em um canto estéril, onde havia jogado a estranha semente e por desgosto criou raízes profundas, casca dura e galhos imensos que subiam e caiam, uma árvore chamada Chorão Salgueiro, ou seria, Salgueiro Chorão?

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Não perca no próximo fim-de-semana






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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Tá Rolando Promoção Relâmpago

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pitangueira

Antes da segunda grande enchente de minha vida, eu colhi e comi muitas pitangas na avenida Bom Pastor, na altura do 345.
Lá vi o amor florescer e morrer...
Todo mês de agosto...Ou era julho? Vi a pitangueira em flor, florida, coberta de florzinhas branquinhas e a promessa de nova colheita escarlate suculenta: doce como a infância deve ser...
Eu era inocente, muito inocente e a vida passava vagarosamente com pequenos terríveis medos das chuvas de março.
A primavera trazia fartura de frutas e o fim do frio de longos tempos de estiagem...
As pitangas eram pequena aboboras morangas vermelhas como sangue, de pequena semente branca dura e doce sabor como mel. Havia bichos de pitangas nas pouquíssimas frutinhas podres caídas e esquecidas por engano do vento ao pé da árvore.
As melhores frutinhas se escondiam no alto, subindo na árvore, passando o muro e chegando na laje sem pisar nas telhas e telhados da casa 345.
Passei muito tempo bom colhendo pitangas, depois da escola, antes das lições de casa com o jantar e antes da noite.
Eu era tão jovem que não queria mudar o mundo e alternava as brincadeiras com os estudos.
Se eu pudesse roubava aquela pitangueira pra mim, mas a segunda grande enchente de minha vida acabou determinando seu fim, mas isto é outra historieta...
O que sempre lembrarei é que as pitangas eram escarlates suculentas que vale a pena passar a tarde sem pressa e sem documento. colhendo e comendo... As frutas vermelhas da minha quase adolescência...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

sábado, 10 de setembro de 2016

Sabor Celeste

Às vezes, eu olho para o céu com os olhos pequenos, olhos miúdos, olhos de criança gulosa pensando que gosto tem o espaço.
As estrelas que brilham durante à noite seriam torrões de açúcar ou cristais de sal?
O sol do meio-dia seria um grande cuscuz nordestino ou um enorme bolo de fubá com calda de laranja?
Acredito que o céu do dia, aquele céu azul com natas de nuvens ou nuvens de nata de leite, tem sabor de especiaria antiga, pra ser mais exato anos 80: groselha azul. Sabor que hoje está sendo substituído aos poucos por baunilha.
Se o espaço tem tantos gostos doces e salgados, seus famigerados extraterrestres (ets), devem ter um sabor ora de menta ou ora de alface?
Os buracos negros devem esconder grandes multi-processadores ora na função liquidificador, ora na função espremedor de frutas...
As nebulosas são os famosos merengues de morango ou de banana...
Os meteoros e os asteroides são grandes cookies de chocolate ao leite, meio amargo, crocante de amendoim...
As supernovas são panelas de pipoca que explodem de repente sem a gente saber que o filme vai começar. Faltou falar do silêncio espacial...
O silêncio no espaço é resultado do vácuo e da gravidade zero, pois no espaço sideral tudo gira em torno do sol, que é o grande forno micro-ondas diferente que antigos filósofos pensavam: que a terra era o centro do universo.
Na verdade, o espaço é parte da natureza e a natureza é o centro de todos os sabores doces ou salgados...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Novo Livro de Jorge Barboza


Este é o meu quarto livro que trata da personagem de todos os tempos: As Mulheres. Por isso digo categoricamente: "Não se traia, não se engane, pois a paixão passa... O Amor fica. Ele se modifica e se transforma. Ele nasce, morre, renasce. O Amor se modifica à essas Mulheres"...

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

promoção relâmpago

Não fique de mimi pensando que sabe de tudo um pouco, saiba mais e aprenda truques novos para vida. Aproveite a promoção e escolha seu livro!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Entrevistas com Jorge Barboza


APREM - Fale sobre o livro novo?
Jorge Barboza - SEXAR: VERBO TRANSITIVO DIRETO é um pocket book (livro de bolso) de contos adultos que reuni os meus últimos trabalhos dos tempos da faculdade de letras: o desejo, o fetiche, o prazer, o delírio, o orgasmo, a vontade, a liberação...

APREM - Qual o público que você pretende atender com seu livro?
Jorge Barboza - Os curiosos, os maiores de 18 anos, os homens, as mulheres, enfim todos que gostam de ler bons e maus contos.

APREM - Sobre o que trata o livro novo?
Jorge Barboza - Que fazer sexo é muito bom, mas precisa de um complemento direto sem subterfúgios e subverter as coisas, as plantas e as pessoas em qualquer hierarquia.


APREM - O que você quer dizer com "sem subterfúgios e subverter as coisas, as plantas e as pessoas em qualquer hierarquia"?
Jorge Barboza - Sem mentiras, de maneira ardilosa, sem arruinar o próximo: pessoas, plantas, bichos, objetos...

APREM - Jorge Barboza como você começou a escrever?
Jorge Barboza - Durante o SENAI em Santo André em 1995, por desafio de amigos de curso...


APREM - Como assim, você poderia me explicar melhor?
Jorge Barboza - Claro. Nas horas de almoço do SENAI Santo André, eu e meus amigos, além de jogar, ler e conversar para passar o tempo, fazíamos desafios de inteligência para desenvolver nossas habilidades intelectuais. Foi assim que comecei minhas primeiras experiências textuais... 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Alicirpi


No último sábado (30-07-2016) estive em entrevista no programa de rádio “Café Solidário” entre gigantes e comemorando o retorno de Flávia Acciarito a Rádio Paraty depois de sua licença maternidade. Para sinalizar o novo momento da vida, é preciso amar-se e só assim ser amado, li o seguinte texto que faz parte do meu atual lançamento pela editora Clube de Autores – Sexar: Verbo Transitivo Direto.
“Finalmente eu começava tudo de novo: Viver. Eu tinha deixado o trabalho por causa dos filhos pequenos e o marido ciumento. Tinha me deixado dominar, mas minha paciência não.
Voltei a arrumar-me, respeitar-me e trabalhar-me, estava cansada de só dormir, comer, voltar a dormir e comer. Cansada de tantas discussões por causa de dinheiro. O homem acha que você é um objeto, que você deve-lhe devoção, você é linda e maravilhosa, mas o tratamento que você recebe não é amor. A casa arrumada, as crianças sorrindo calmamante, não quer dizer fortuna, às vezes é preciso gastar para isso. Magia é coisa de bruxa ou conto de fadas, dinheiro compra algumas coisas e sexo não é amor. Nenhuma mulher deve se enganar com isso.
Um dia parei no pronto socorro sem uma boa bolsa e um sapato. Liguei para meu marido, estava segura comigo, amava-me mais e era amada, inventei a desculpa perfeita. Fazia muito tempo que meu marido não era carinhoso, educado e intenso. Às vezes ele virava-me no meio da noite, usava-me e dormia se afastando de mim por dias, semanas e até quinzenas inteiras.
“Quem não dá assistência abre porta para concorrência”. E foi o que houve, não levou muito tempo, a concorrência era um homem fino, forte, maduro e inteligente. No trabalho, ele levou-me primeiro um cafezinho, depois para o bar, para o restaurante e para o karaokê, sempre cantávamos, bebíamos e riamos juntos, e bem juntinhos descobri o que era orgasmo.
Tá tudo certo e não tá? Meu marido finge que não sabe que é traído e eu finjo que não sei que ele sabe, estou tão feliz e ele também”.

(Este texto faz parte do livro SEXAR:VERBO TRANSITIVO DIRETO de Jorge Barboza pelo clubedeautores.com.br)

Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social

quarta-feira, 20 de julho de 2016

O Sacerdote Falcão

Quando cortou os cabelos naquela tarde de quinta-feira Asur se sentiu mais leve, finalmente havia começando de novo e ainda da forma que queria, sem tantos problemas e ciclos. O mundo desde que nasceu vive em transformação e ele também.
O círculo era sua forma preferida e cobria todas as lapelas, golas, colares, pulseiras e sandálias. O jovem sacerdote sabia que o circulo simbolizava seu tempo e espaço, aprendeu isso com uma águia que disse-lhe: “Sempre que olhamos para o horizonte, o horizonte é um circulo. Quando faço um ninho, o ninho é um circulo. E quando olhou suas janelas da alma, os seus olhos são círculos”.
Tinha os olhos de todas as mulheres daquela aldeia, mas só lhe interessava os famigerados da princesa Gota de Mel, filha do último faraó. Esta era uma delicia de mulher, cabelos como ébanos, pele aveluda e dourada de sol, sorriso sempre farto e franco.
Às três da manhã terminavam suas rondas, assim como o sono do sol atrás da serra. Lá longe, já se podia ouvir à algazarra dos sabias e o galo no gargarejo. O povo dentro da muralha já estava em festa no ritual matinal, uma imensa pedra bastimal com dedos rosados, já terminava o café cheiroso de mesa suculenta de três emes: mamão, melão e melancia; fora os pães frescos e outras guloseimas vindas direto do forno de lenha coletivo.
Soldados e sacerdotes dividiam assim por algumas horas suas manhãs, suas idéias e suas fés em amistosa conversa matutina. Na madrugada do povo da muralha não havia melhor amanhecer, mas havia outros sonhos para o jovem Asur já percorridos por outros homens.
 “Quando voares um dia por esses ares, andaras com olhos grudados no céu onde deseja voltar e voar sempre”, dizia seu pai pelo novo corte do filho.
Asur de tanto rondar aquela muralha, de noite ou de dia, já conhecia todas as rachaduras, rasgos e furos nas pedras que compunham aquela muralha longa, indestrutível e distante da morte. Já possuía também todas as leituras da biblioteca central como encantamentos, remédios e previsões. Assim como os esquadros das fontes e regatos criados pelos hábeis arquitetos dessas pedras verdes.
Um dia, sabendo estar só e não suportando mais a dor de uma perna quebrada, o pai de Asur lhe deu três presentes e se lançou de um despenhadeiro branco de longas cachoeiras, esfumaçadas no fim, girou no tempo e virou um arco da velha de colorido claro.
Uma íbis mandada pelo deus hibrido das cascatas, cantou a noticia e Asur segurou forte os presentes paternos contra o peito, faltaram lhe palavras, avermelhousse e cobriu o chão de uma imensa chuva de lagrimas que o céu juntou-se escurecendo, titilando e chovendo minúsculas folhas de água.
Asur não entendeu a mensagem dos deuses e correu para casa fechando tudo a sua volta, portas, janelas, frestas, enfim tudo que trouxesse luz durante os dias que seguiram.
No terceiro dia, a chuva parou, mas a tristeza não e tornou o tempo nublado. O povo e a princesa Gota de Mel rezaram aos deuses. Não demorou meio dia e do caminho arriscado para oásis sussurrante surgiu a serpente, do caminho rápido do comercio de escravos surgiu o chacal e do caminho lentíssimo da alma no horizonte cinza surgiu a águia.

Era só um deles falar com Asur, mas nem um deles o fez, eles preferiram fazer bagunça. Brigaram com a pedra bastimal com dedos rosados, derrubaram as roupas das mulheres nos regatos e correram envolta dos soldados. As crianças sentadas assistiam e riam muito. O barulho acabou chamando a atenção de Asur que abriu a porta, coberto de cinzas e sacos, assim que passou da porta ele virou um grande falcão solar, que vôo e longe dali brilhou asfaltando as nuvens e o céu cinzento, sem lágrimas como um dia fez seu pai.

Jorge Barboza
Escritor e Colunista Social

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Edição Extrordinária

Em 5 minutos começa uma versão extraordinária da HORA DA FOFOCA, pela Web Rádio ABC: a nossa rádio na internet!
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domingo, 10 de julho de 2016

Io

Se o mal fosse realmente um ser lindo, Io, seria sua mais perfeita representação humana. Dizem que ela não era mulher nem homem de tão violenta que era, fosse onde fosse era uma beleza fria de mármore perfeito, uma devoradora de almas e uma grande partidora de corações.
Toda noite fazia uma vitima nos bares. Seja pelo seu delicioso perfume ou envolvente presença. Horas usava o chapéu de lado, horas usava o leque aberto escondendo os lábios.
Io por usar sete saias era considerada por muitos uma feiticeira oriental que nunca morria, dizem que nas noites de sexta-feira e lua cheia era possível ver no seu quarto: luzes estranhas, sombras demoníacas e um caldeirão sempre fervendo algo.
Um dia tudo mudou e Io também, parecia não carregar mais armas em suas entranhas e desejava francamente parar de matar. Ela parecia outra, em sua cabeça surgiram os primeiros fios brancos e no rosto uma ruga.
Muitos diziam que ela estava tramando algo imensamente ruim, pois um lobo pode perder o pelo, menos a voracidade. Ninguém chegava nela e perguntava, se compraziam em cada invencionice que dava medo. Parecia que aquela gente não tinha mais o que fazer. E assim passaram dias, tardes e noites até.
Um incêndio foi o estopim da profunda mudança da região, ele queimou a hospedagem, outros imóveis e Io...
Ela que sempre foi considerada uma vilã, por alguns momentos no incêndio se tornou outra mulher, de muito longe ouviu o pequeno Nicolas chorando no andar de cima, subiu loucamente a escada, arrombou a porta e salvou o menino, mas acabou sendo presa. Todos ficaram satisfeitos com isso, pois nada mais justo que a causadora do incêndio se queimar por inteiro, ainda mais num plano bobo de salvar um inocente por uma nova e boa fama.
A velha dona da hospedaria sabia que isso não era a verdade e dizia chorando muito que agora não teria ninguém mais para assoviar no fim da tarde sua canção preferida nem tão boa pagadora. Ela havia perdido tudo que demorará uma vida inteira para guardar. Sem família, sem moradia e com uma única amiga hospitalizada, ela entrou escondida no hospital e seguiu ao quarto de Io sem que os guardas soubessem. Lá, ela soltou um gritinho. Io estava toda amarrada por ataduras e parou de gemer assim que viu a dona da hospedagem.
- Filha, eu vim te libertar – cabisbaixa falou a dona da hospedagem.
Io piscou os olhos e afônica perguntou:
- Como está a criança?
- Está muito bem. Graça a Deus! – respondeu calmamente a dona da hospedagem.
- Então eu posso ir à paz.
Io levantou-se da cama, pegou um lápis no criado mudo ao lado do leito, riscou na parede um barco, depois desenhou sua vela e umas ondas. Pegou na mão da velha e sorrindo perguntou:
- Você vem comigo?

A velha fez sim com a cabeça, então juntas elas pularam para dentro do desenho do barco que partiu lentamente para o horizonte e outras paredes.

(Este texto faz parte do livro ESSAS MULHERES de Jorge Barboza pelo clubedeautores.com.br)

Jorge Barboza
Escritor e Colunista Social

quinta-feira, 7 de julho de 2016

O parto em São Bernardo (Saile)

Naquela tarde não tinha chuva nem vento que adiantasse o parto, mas o bebê estava quieto demais na barriga de Francisquinha, era o quinto filho indesejado, parecia uma lenda africana em São Bernardo do Campo. Ela esperava sua mãe e sua tesoura como nos outros partos...
A jovem mãe podia ter abortado o filho, mas era muito beata para isso, só Deus pode tirar a vida. Ela tinha herdado da mãe: a arte cultivar as ervas; o poder de benzer bichos, plantações e pessoas; as rezas que fecham os corpos e abrem os caminhos...
Ela casou criança sem querer e sem pestanejar para livrar-se da maldição de ver espíritos, transportar objetos com a força do pensamento, ter revelações nos sonhos, materializar coisas com ovos, pairar no ar dormindo, bilocação, dejavu, premonição, viagem astral... Casamento humilde que o Criador não aceitou para transmitir a herança paranormal.
Dona Severa estava atrasada, pois Sergipe era longe para São Paulo, mesmo de jipe.
A bolsa rompeu e Francisquinha começou a gritar:
- Mais uns minutos, meu filho, você não pode nascer sem minha mãe... Mãe onde você está?
Será que Deus abandonou a jovem mãe? Será que tudo era imaginação? Será que o tempo parou? Era o fim ou um novo principio?
A criança nasceu com o pescoço enrolado com o cordão umbilical, roxo, roxinho, sem ar, sem vida, nas mãos e no choque de sua mãe.
Dona Severa surgiu em paz e cortou o cordão, não disse nada e colocou o neto na pedra da pia e disse:
- E do que vamos cuidar agora...
Surgiu uma borboleta vermelha e pousou sobre o bebê, bateu suas asas, a criança tossiu e chorou, a borboleta voo e o tempo voltou...

Jorge Barboza
Escritor e Colunista Social

sábado, 2 de julho de 2016

Hora da Fofoca

Eu tenho um convite especial pra você, que humor e informação na medida certa, todo sábado à partir do meio dia, eu faço alguns comentários divertidos sobre as celebridades, tv, novela e blá blá, com duas personagens fofas: Dona Marocas e Ju Menta. Tudo ao vivo e sem muito script, a melhor do sábado, o almoço... Quer participar? Mande sua pergunta, sugestão, dúvida, comentário pelo meu messenger no Facebook (Jorge Barboza com Z).