quinta-feira, 29 de setembro de 2016

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terça-feira, 27 de setembro de 2016

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pitangueira

Antes da segunda grande enchente de minha vida, eu colhi e comi muitas pitangas na avenida Bom Pastor, na altura do 345.
Lá vi o amor florescer e morrer...
Todo mês de agosto...Ou era julho? Vi a pitangueira em flor, florida, coberta de florzinhas branquinhas e a promessa de nova colheita escarlate suculenta: doce como a infância deve ser...
Eu era inocente, muito inocente e a vida passava vagarosamente com pequenos terríveis medos das chuvas de março.
A primavera trazia fartura de frutas e o fim do frio de longos tempos de estiagem...
As pitangas eram pequena aboboras morangas vermelhas como sangue, de pequena semente branca dura e doce sabor como mel. Havia bichos de pitangas nas pouquíssimas frutinhas podres caídas e esquecidas por engano do vento ao pé da árvore.
As melhores frutinhas se escondiam no alto, subindo na árvore, passando o muro e chegando na laje sem pisar nas telhas e telhados da casa 345.
Passei muito tempo bom colhendo pitangas, depois da escola, antes das lições de casa com o jantar e antes da noite.
Eu era tão jovem que não queria mudar o mundo e alternava as brincadeiras com os estudos.
Se eu pudesse roubava aquela pitangueira pra mim, mas a segunda grande enchente de minha vida acabou determinando seu fim, mas isto é outra historieta...
O que sempre lembrarei é que as pitangas eram escarlates suculentas que vale a pena passar a tarde sem pressa e sem documento. colhendo e comendo... As frutas vermelhas da minha quase adolescência...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

sábado, 10 de setembro de 2016

Sabor Celeste

Às vezes, eu olho para o céu com os olhos pequenos, olhos miúdos, olhos de criança gulosa pensando que gosto tem o espaço.
As estrelas que brilham durante à noite seriam torrões de açúcar ou cristais de sal?
O sol do meio-dia seria um grande cuscuz nordestino ou um enorme bolo de fubá com calda de laranja?
Acredito que o céu do dia, aquele céu azul com natas de nuvens ou nuvens de nata de leite, tem sabor de especiaria antiga, pra ser mais exato anos 80: groselha azul. Sabor que hoje está sendo substituído aos poucos por baunilha.
Se o espaço tem tantos gostos doces e salgados, seus famigerados extraterrestres (ets), devem ter um sabor ora de menta ou ora de alface?
Os buracos negros devem esconder grandes multi-processadores ora na função liquidificador, ora na função espremedor de frutas...
As nebulosas são os famosos merengues de morango ou de banana...
Os meteoros e os asteroides são grandes cookies de chocolate ao leite, meio amargo, crocante de amendoim...
As supernovas são panelas de pipoca que explodem de repente sem a gente saber que o filme vai começar. Faltou falar do silêncio espacial...
O silêncio no espaço é resultado do vácuo e da gravidade zero, pois no espaço sideral tudo gira em torno do sol, que é o grande forno micro-ondas diferente que antigos filósofos pensavam: que a terra era o centro do universo.
Na verdade, o espaço é parte da natureza e a natureza é o centro de todos os sabores doces ou salgados...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.