Quando eu era
criança sempre entendi que biscoito se refere a todo tipo de bolacha salgada:
água e sal; cream cracker, biscoito de polvilho...
Consequentemente,
bolacha se refere a toda espécie de biscoito doce: amanteigados, champanhe,
cookies, maisena, mantecal, sequilhos, rosquinha de pinga, sequilhos...
Outro fato
interessante sobre biscoitos de minha infância e que eu adorava separar os
quebrados dos inteiros e, assim, começar a comer primeiro os quebrados. Depois,
em poucos casos, quebrava os biscoitos, pois ele eram pequenos de sabor queijo
da marca Seven Boys chamados de salgadinhos.
Entretanto, porém,
contudo o dicionário afirma que “um alimento feito de farináceo com leite ou
água, açúcar ou sal, podendo conter outros ingredientes, e assados em pequenas
porções de diversos formatos chama-se biscoito”, e “o biscoito de farinha de
trigo ou maisena, doce ou salgado, trata-se de bolacha”.
E estranho escrever
ou falar sobre isso, pois com o passar dos anos muitas coisas mudam e outras
não, é o caso, por exemplo, do computador que a partir da década de 90 saiu do
oculto quartel general, para ganhar empresas, escolas e lares substituindo a
máquina de datilografia e com crescente sucesso sobre o ainda usado aparelho de
fax, utilizado ainda em doses homeopáticas por instituições bancárias ou de
variadas economias em algumas situações extraordinárias...
O que eu tenho
certeza com isso tudo e que os clássicos cadernos de receitas já estão saindo
de moda por consultas à sites especializados em comida à cores e ao vivo sem
distinção, mas nada substitui tão bem um pão com manteiga no café da manhã como
o biscoito e a bolacha, nem um bolo de chá da tarde como a bolacha e o biscoito
de ontem e de hoje...
Jorge Barboza
Escritor
e Colunista Social