quinta-feira, 20 de julho de 2017

Biscoito ou bolacha

Quando eu era criança sempre entendi que biscoito se refere a todo tipo de bolacha salgada: água e sal; cream cracker, biscoito de polvilho...
Consequentemente, bolacha se refere a toda espécie de biscoito doce: amanteigados, champanhe, cookies, maisena, mantecal, sequilhos, rosquinha de pinga, sequilhos...
Outro fato interessante sobre biscoitos de minha infância e que eu adorava separar os quebrados dos inteiros e, assim, começar a comer primeiro os quebrados. Depois, em poucos casos, quebrava os biscoitos, pois ele eram pequenos de sabor queijo da marca Seven Boys chamados de salgadinhos.
Entretanto, porém, contudo o dicionário afirma que “um alimento feito de farináceo com leite ou água, açúcar ou sal, podendo conter outros ingredientes, e assados em pequenas porções de diversos formatos chama-se biscoito”, e “o biscoito de farinha de trigo ou maisena, doce ou salgado, trata-se de bolacha”.
E estranho escrever ou falar sobre isso, pois com o passar dos anos muitas coisas mudam e outras não, é o caso, por exemplo, do computador que a partir da década de 90 saiu do oculto quartel general, para ganhar empresas, escolas e lares substituindo a máquina de datilografia e com crescente sucesso sobre o ainda usado aparelho de fax, utilizado ainda em doses homeopáticas por instituições bancárias ou de variadas economias em algumas situações extraordinárias...
O que eu tenho certeza com isso tudo e que os clássicos cadernos de receitas já estão saindo de moda por consultas à sites especializados em comida à cores e ao vivo sem distinção, mas nada substitui tão bem um pão com manteiga no café da manhã como o biscoito e a bolacha, nem um bolo de chá da tarde como a bolacha e o biscoito de ontem e de hoje...


           
            Jorge Barboza
Escritor e Colunista Social

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Sete dias de Férias

Acredito que toda esposa, toda professora, toda mulher, toda pessoa precise de sete dias de férias interruptas por ano. Entendendo que férias é o direito de acordar tarde sem se preocupar com refeições, como café da manhã e o almoço, sem o dever de afazeres domésticos, como roupas e louças lavadas, e também sem se perturbar com despesas semanais, como compras de alimentos, pagamento de contas e produtos de limpeza...
 Muitas vezes cabem as mulheres esses por maiores, pois não se tratam de simples tarefas caseiras ou mazelas humanas.
Acredito que Deus tenha levado mais de sete dias pra criar o mundo e, consequentemente, mais sete dias para descansar. Na verdade, Deus não é mulher nem homem, mas onipotente, onipresente e onisciente. Sendo assim, porém, com tudo e ainda mais Ele nunca parou de trabalhar desde criou os homens independentes de suas raças, suas convecções politicas, seus credos religiosos e seus ideais culturais...
Por favor, não entendam meus argumentos como um pedido de reforma nas férias trabalhistas. Certos direitos não podem ser tirados de todos trabalhadores como uma afirmação que podemos trabalhar incansavelmente neste mundo sem descanso, com mazelas e sem remuneração adequadas. Com fraldas, bonés com garrafas de água embutidas, pote de ração na mesa para casos extremos e descanso na morte ou passagem final desta vida...
Realmente acredito que trinta dias é pouco para se renovar as energias e o equilíbrio quando se têm que cuidar de uma casa inteira com marido, filhos, bichos, contas... Escrever é uma arte e precisa de cuidado, como as férias que mal usadas trazem gastos e muito desassossego...
O desafio é ter sete dos trinta dias de férias interruptos com contas e afazeres de qualquer espécie.



           
            Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social