Acredito
que toda esposa, toda professora, toda mulher, toda pessoa precise de sete dias
de férias interruptas por ano. Entendendo que férias é o direito de acordar
tarde sem se preocupar com refeições, como café da manhã e o almoço, sem o
dever de afazeres domésticos, como roupas e louças lavadas, e também sem se
perturbar com despesas semanais, como compras de alimentos, pagamento de contas
e produtos de limpeza...
Muitas vezes cabem as mulheres
esses por maiores, pois não se tratam de simples tarefas caseiras ou mazelas
humanas.
Acredito que Deus tenha levado mais de
sete dias pra criar o mundo e, consequentemente, mais sete dias para descansar.
Na verdade, Deus não é mulher nem homem, mas onipotente, onipresente e
onisciente. Sendo assim, porém, com tudo e ainda mais Ele nunca parou de
trabalhar desde criou os homens independentes de suas raças, suas convecções
politicas, seus credos religiosos e seus ideais culturais...
Por favor, não entendam meus argumentos
como um pedido de reforma nas férias trabalhistas. Certos direitos não podem
ser tirados de todos trabalhadores como uma afirmação que podemos trabalhar
incansavelmente neste mundo sem descanso, com mazelas e sem remuneração
adequadas. Com fraldas, bonés com garrafas de água embutidas, pote de ração na
mesa para casos extremos e descanso na morte ou passagem final desta vida...
Realmente acredito que trinta dias é
pouco para se renovar as energias e o equilíbrio quando se têm que cuidar de
uma casa inteira com marido, filhos, bichos, contas... Escrever é uma arte e
precisa de cuidado, como as férias que mal usadas trazem gastos e muito
desassossego...
O desafio é ter sete dos trinta dias de
férias interruptos com contas e afazeres de qualquer espécie.
Jorge
Barboza
Escritor e Colunista
Social
Nenhum comentário:
Postar um comentário